segunda-feira, 28 de maio de 2012

·                                 Você deve ter habilidade para sair de certas situações, inteligência para sair de outras, e as duas para não ter que usa-las.
Luiz. C .Cardoso




·                                 O ser humano, alimenta o seu ego com o "reconhecimento",: de seu talento de sua beleza, inteligência, bondade, alegria etc... não existe prato mais saboroso, suculento e aromatico que este, e nunca nos fartamos de come-lo.
Luiz. C. Cardoso.

terça-feira, 27 de março de 2012

Premissa

Premissa

  Quem ama não quer perder o amor do ser amado. Baseado nessa premissa, quando eu leio a Bíblia, noto que a palavra  temor, em relação à Deus, é recorrente, como se fosse uma obrigação encararmos um  Deus  a imagem e semelhança de um pai severo, de chicote nas mãos, pronto a usá-lo caso não atendamos suas vontades.
  Neste momento da leitura, substituo a palavra temor pela palavra amor; pois a palavra amor inspira lealdade, adoração, respeito, e o único temor que temos é  perder este amor perfeito de um “Ser” perfeito, sem as vicissitudes  humanas em que teimamos  transformá-Lo.
  A nossa fé, como a cultura, evolui e, um dia, “conheceremos a verdade, e ela nos libertará”. Então este Deus, cheio de vícios, que criamos, e que é vingativo, vaidoso e pouco clemente, e comparável aos deuses do olímpo, que temos que adorá-lo como se fosse um rei terreno, pois, em nossa pequena concepção do que é o sagrado, ainda o fantasiamos com manto,coroa e cetro. Visão estritamente humana do que é  o elevado em nosso conceito.
 Deus não é nada disso, ele é amor, e parafraseando Leonardo Da Vince : o amor  Dele “exprime o inexprimível e traduz o intraduzível” e adiciono que sua bondade é incompreensível a nossa minguada inteligência que evolui tão lentamente que até hoje não o compreendemos totalmente.   
   Estamos com um pé no futuro, outro no passado, somos modernos com vícios antigos e para Deus somos crianças peraltas ainda descobrindo o verdadeiro sentido da vida e o que é o existir.
  Ainda temos um longo caminho a percorrer, até a compreensão total do que é ser um “ser” humano.
   Fomos feitos não à semelhança física de Deus, pois temos uma forma só e Ele não, somos semelhantes a sua inteligência, pois Ele nos deu o poder parcial da criação.


Escrito por : LUIZ CARLOS CARDOSO
Blog: bdcpraquemsabe.blogspot.com

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

3 segundos

3 SEGUNDOS


    “Três segundos”  este é quase o tempo para se ler a frase entre aspas. Não é nada?
      Hoje surpreendi-me ao assistir um programa de TV em que diziam que a cada três segundo, morria uma pessoa de fome na África.
      Eu disse de fome!! Não falei de desastres naturais, não falei de guerras ou acidentes aéreos, desabamentos de prédios, ou outros que me fogem a memória.
      Dizem que o ser humano é mais solidário nas tristezas do que  nas alegrias.Mas estas solidariedade pouco é vista andando pela África.
      E como muitas pessoas daquele continente, nossa sensibilidade  também anda capenga e esquelética e nosso egocentrismo gordo  nos mantém em orbita de nosso próprio umbigo.
      Felizmente há exceções, e uma dessas pessoas é o Padre Everaldo que contempla, com seu olhos a verdade do povo de Pemba, onde ele está,convivendo com parte da população, doando-se na mais pura concepção da palavra.
      O”V” apelido de infância deste menino que, deixando o conforto de sua Pátria  e lar,  caminhando pela África e fazendo uso de sua inteligência e  bondade, prega, de modo integral e pratico, não só na teoria, os ensinamentos do “Homem” mais  sábio que já existiu:CRISTO.
      Para nós é uma felicidade termos o padre Everaldo como concidadão, pois ele não faz parte do grupo de pessoas vazias que produzem coisas ocas e tolas.Suas ações são vigorosas e, num conjunto, ajudam a melhorar a vida de seus semelhantes não só no espaço de tempo em que com eles se encontram, mais  por toda a  vida. Por sua bondade, doação de conhecimento tanto no campo físico como no espiritual. Neste lugar,  o Padre Everaldo, disse ter aprendido  ver a vida em outro contexto.
      E o “V” do apelido não é só o símbolo, mas o “V” da vitória. Pois um símbolo, um livro ou ensinamento, sem o repasse de seus verdadeiros significados, caem num lugar comum.
     E o “V”do padre Everaldo nunca ocupará lugar  comum, seu barco de bom pescador de pessoas e almas, jamais ancorará neste porto.

Kalibu, Everaldo, Assantissana


Escrito por: LUIZ CARLOS CARDOSO

Email: lccosvaldocruz@bol.com.br

domingo, 18 de setembro de 2011

Seria ótimo

SERIA ÓTIMO.

SERIA ÓTIMO que campanhas de medula óssea fossem feitas para todos que precisassem, sem distinção de classe social, cor, raça, poder aquisitivo etc.
SERIA ÓTIMO que empenho já visto, para que o time de futebol não perdesse a vaga na série que disputa, também fosse feito, pela saúde nos hospitais. Movendo mundos e fundos, como fizeram pelo futebol.
SERIA ÓTIMO que os motoristas, na maioria mal-educados,  respeitassem os pedestres, pelo menos nas faixas de segurança, ao invés de acharem que são superiores só porque estão numa carcaça de ferro ambulante, sentido-se o máximo, mas, no mínimo, são  soberanos em suas boçalidades.
SERIA ÓTIMO que muitos do povo não prostituissem o direito de voto, vendendo-o por favores baratos, conversas fiadas, interesses próprios.será que não percebem que este momento, é um momento de redenção, e que  poder de seus votos é igual aos dos mais ricos, poderosos, influentes e famosos ?
SERIA ÓTIMO que os  ricos não levassem ao pé da letra, quando o governo diz que o salário é de 545,00, esquecendo-se de que este é o mínimo que se pode pagar, e nada o impede de pagar um salário  mais decente aos seus colaboradores. Alguns têm as condições, mas não os pagam por pura mesquinhez, não valorizando quem cuida de suas casas, de seus filhos, mimados birrentos e, muitas vezes, sem educação que crescem sem respeito ao semelhante.
Também, donos de fábricas que pagam um pouco mais do que o mínimo e se acham no direito de explorarem seus funcionários pressionando-os a uma produção desumana e estressante.
SERIA ÓTIMO que as profissões fossem escolhidas por vocação e não simplesmente pelo ganho e status social.
 Um exemplo está na medicina que forma muitos e novos "profissionais" que ao chegarem para clinicar, parece terem nojo dos pacientes e nem colocam as mãos neles. Da porta, os vão dispensando com uma receita duvidosa nas mãos. E, os anos vão passando e muitos não se atualizam e alguns fazem dos hospitais seus feudos e dos funcionários seus vassalos, ( esquecem que também são funcionários) exigindo serem tratados por doutores, sem  terem feito o curso de doutorado,redigido a respectiva tese e defendido-a.
SERIA ÓTIMO que este que escreve, soubesse fazê-lo direito, com todos os pontos, vírgulas, acentos, concordância e se fizesse entender.


Escrito por: Luiz Carlos Cardoso
WWW.bdcpraquemsabe.blogspot.com

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Me empreste seu pai?


  Me empreste seu pai? Só um pouquinho, me deixe imaginá-lo meu e dizer o que não disse ao meu, enquanto vivo; falar aquilo que vai em meu coração, escutar seus conselhos, discordar de alguns por instantes, depois refletir e ver neles a sabedoria dos anos, das lutas, das noites mal dormidas a procurar soluções para problemas que eram de todos, mas que estavam apoiados em seus ombros vergados.
  Me empreste seu pai? Só um pouquinho, para tê-lo como meu e pedir desculpas por tristezas provocadas, para rir risos de histórias e momentos felizes passados; sentir que ainda sou criança e, de cavalinho em seus ombros fortes, sentir o apoio de suas mãos seguras de gigante e, na minha inocência, imaginar que elas podiam segurar o mundo e, como herói que era, me defender dos dragões, dos medos noturnos, das doenças. E, que se possível fosse, queria que elas como num passe de mágica se transferissem para o seu corpo.
  Me empreste seu pai? Só um pouquinho, para que me aninhe em seus braços nos momentos de incertezas e aflições do cotidiano.
  Me empreste seu pai? Só um pouquinho, para, simbolicamente, lhe dar um beijo na face já sulcada pelas rugas, marcas registradas da velhice, e ter a chance de me redimir de coisas que só um pai perdoa.
  Me empreste seu pai? Só um pouquinho e, assim como se fosse meu, agradecê-lo pelos exemplos, puxões de orelhas, o calçado novo, enquanto ele escondia a sola furada.
  Me empreste seu pai? Só um pouquinho, só para chamá-lo de pai, pois esta palavra foi banida do meu dicionário, depois que o meu se foi, e, então, dar-lhe um abraço apertado e dizer que neste dia especial não me esqueci dele.
  Me empreste seu pai? Só um pouquinho, para através dele, falar ao meu, que não está presente fisicamente mas, sim, em meu coração e, assim, desejar-lhe um feliz dia dos pais e dizer-lhe que, ainda e sempre, o amarei.
  Me empreste seu pai? Só um pouquinho.

 Escrito por: Luiz Carlos Cardoso

Publicado em 2005
 A todos que nunca esqueceu.

domingo, 7 de agosto de 2011


Bom dia, santidade, hoje faz sol.

  Em termos comerciais e comparativamente falando, o ser humano é um produto perecível; vem com data de fabricação, mas não a de validade. Uns “longa vida” outros, de “consumo rápido”; umas pessoas com ótimos conteúdos,outras pastéis de vento.
  Uma destas pessoas, com ótimo conteúdo, foi o Papa João Paulo 2°, nome assumido no inicio de seu pontificado, deixando, em segundo plano, o seu nome de batismo: Karol Józef  Wojtyla, como sua vida particular, ao se tornar uma pessoa pública, ou seja, chefe da igreja católica com bilhões de seguidores.
   Homem de muito carisma e influência  tanto política como religiosa, não só sobre sua messe, mas também respeitado por outros credos, por sua tolerância  em saber que todos estamos abaixo do mesmo DEUS; e também o de entender que os costumes de um povo o levam a certas atitudes nem sempre compreendida sob nossa ótica.
   Foi um Pontífice de idéias e atos, pois varreu literalmente o planeta com sua presença marcante, enquanto sua saúde permitiu.
   Em seus últimos tempos de vida; relatou a enfermeira que o acompanhava Ritia Megliorin, que o papa nunca desistiu de lutar pela vida, pois lia muitas publicações científicas sobre sua enfermidade e dizia que: para todo o problema existe uma solução.
   Batalhou pela vida até o fim,  dando exemplo de fé e perseverança, uma de suas marcas, forjadas ao longo  de sua longa existência.
   Logicamente, teve seus momentos de dúvidas; pois se até Cristo as teve (  Pai, pai, por que me abandonaste?), por que não ele, um simples humano, com todos os defeitos e medos que já nascem embutidos conosco?
   Lembra Ritia  que, ao amanhecer antes de descerrar as cortinas e abrir as janelas, sabia que o Papa já estava acordado desde há muito, pois era costume daquele homem começar a rezar bem antes do raiar do sol; saudava-o dizendo: - Bom dia, santidade, hoje faz sol.
  Ele gostava de dias de sol e também de ouvir o som da cantilena vinda lá de fora de pessoas a orarem e cantarem pelo seu restabelecimento.
  Em seu último dia de vida, o som da cantilena se tornou mais intenso e ela preocupada  dirigiu-se ao cardeal  Dziwisz  perguntando se o som não estaria incomodando o Papa. Ele levou-a até a janela e disse: Ritia, estes são os filhos que vieram se despedir do pai.
  O Papa João Paulo 2°, foi um grande homem do século 20, um longo século de duas guerras mundiais, muitas tragédias, transformações, progressos, intolerâncias, descobertas e conquistas.
   Posso estar errado, mas na minha opinião, o século 20 foi um divisor de águas na história da humanidade; e quem dera um dia toda a humanidade tenha as qualidades daquele homem e possa dizer a outro ao raiar do dia: BOM DIA, AMIGO, HOJE FAZ SOL.

   Escrito por: LUIZ CARLOS CARDOSO

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terça-feira, 19 de julho de 2011

ESPELHO, ESPELHO MEU!

Espelho, espelho meu!


O reflexo do espelho, é uma “foto” em tempo real; encarando-o, podemos ter um parâmetro de como somos. É um objeto fascinante e atraente, pois quem resiste não olhá-lo, ou melhor, encará-lo nem que for de relance?
   Não necessariamente tem que ser um espelho, daqueles tradicionais, pode ser algo que reflete, por exemplo: uma vitrine ou um vidro de  carro,diante dos quais, ao passarmos e olharmos, podemos  conferir se as roupas estão bem alinhadas; as mocinhas conferir o bumbum, os cabelos etc..
  O espelho faz parte de nossa vida e até da  história. Quem não leu nos livros escolares que quando os portugueses por aqui aportaram, presentearam os ingênuos donos da terra com espelhos e outras bugigangas?
   Ele faz parte do imaginário popular, retratado em muitas histórias ao longo do tempo em diversas formas, tamanhos  e usos.
   Quando estamos sós e em um lugar reservado olhamo-nos mais atentamente,neste momento nos soltamos, fazemos caretas, poses, caras e bocas, até conversamos com nós mesmos; as vezes nos elogiamos, nos censuramos, nos interrogamos dos porquês disto e daquilo.
   Há momentos em que ele é nosso amigo, outros nosso inimigo, pois mostra cruelmente o quanto envelhecemos ou como poderíamos ser mais bonitos; até aquela espinha da adolescência, num dia em que não podia estar lá, é revelada.
   Também há o espelho preferido, e isto é um segredo só nosso, pois tem espelhos que talvez por sua curvatura ou polimento, nos mostram mais bonitos escondendo imperfeições, enquanto outros nos ressaltam as feições. Fugimos destes, tal qual a Medusa, e preferimos o espelho bajulador da madrasta da branca de neve.
   Outra categoria de  reflexo é o imaginário; ao idolatrar artistas, vemos neles o que queríamos ser, e talvez por isso, certas pessoas se apeguem tanto a seus ídolos e sobrepõem suas vidas sobre as deles. E ai de quem falar deles. Pois quem gosta de ver seu reflexo criticado?
  “E assim caminha a humanidade,” igual a Narcisos, debruçados na margem de seus sonhos, embevecidos pelos próprios reflexos, admirando e querendo ser admirados.
                         
A seguir, um mine conto
 

  O reflexo

Você está me seguindo?
 Por quê não responde?
Hoje cedo, no banheiro,  vi você olhando para mim.
Velha, velha!!!!! Filha da puta!!!!.
Por que está aí dentro me encarando?
Vou acabar com você.
......................................
- Volte aqui, sua velha maluca, vai ter que pagar a vitrine!
Ela nem deu resposta, saiu pulando uma ilusória amarelinha.